Como superar decepções amorosas

Revista Mercado Edição 42 - maio 2011
 
POR Margareth Castro
 
A escritora e consultora em desenvolvimento humano, Eliana Barbosa, e o psicólogo Jorge Pfeifer falam sobre a difícil arte de amar e dão dicas de como evitar ou superar as perdas
Quem nunca sofreu uma decepção amorosa, provavelmente nunca se relacionou. As histórias são muitas e podem ser ouvidas em qualquer rodinha, sendo sempre carregadas de mágoas, ressentimentos, dor e tristezas. O contexto traz sempre traições, incompatibilidades, agressividade. É fácil escutar o outro dizer que sofreu uma decepção amorosa, porque projeta no parceiro ou parceira a culpa pelo fracasso. O outro é sempre o culpado da relação não ter dado certo.

A escritora e consultora em desenvolvimento humano, Eliana Barbosa, diz se espantar quando ouve alguém dizer que sofreu uma decepção amorosa. Isso porque, segundo ela, só se decepciona com um amor aquela pessoa que coloca "esse amor" acima de tudo em sua vida, que não se ama em primeiro lugar e que não entende que as idealizações a respeito do amor geralmente são muito perigosas.

Eliana Barbosa costuma dizer que decepção amorosa não se sofre, mas se vive. "Digo isso, porque se a pessoa ficar focada no sofrimento vai ficar traumatizada. Por outro lado, se ela resolver encarar a situação como algo natural do seu viver, vai decidir transformar o trauma dela em experiência, em lição, e continuar a viver, permitindo-se amar de novo e ser feliz", justificou.

A escritora vai mais longe e afirma que "nada acontece na vida da pessoa sem que ela, consciente ou inconscientemente, tenha dado permissão". Para Eliana Barbosa, o grande segredo para evitar uma decepção amorosa é saber visualizar – não idealizar – para a sua vida o melhor, colocando suas expectativas sobre você e não sobre o outro.
 

Para Eliana Barbosa, o grande segredo para evitar uma decepção amorosa é saber visualizar - não idealizar - para a sua vida o melhor, colocando suas expectativas sobre você e não sobre o outro

 
O psicólogo Jorge Pfeifer, de Uberlândia, reforça que a decepção amorosa acontece quando uma pessoa idealiza a outra e depois descobre que a outra não é exatamente o que ela projetou, ou a personagem que ela criou. Ele afirma que as pessoas se apaixonam por uma ilusão, pois percebem ao longo da convivência que a outra pessoa não é exatamente o que ela pensou e a partir daí, começam as decepções.

Não há estatísticas sobre quem se decepciona mais, homens ou mulheres. Eliana Barbosa diz que por sua experiência profissional e observação, as mulheres se decepcionam mais porque têm mais tendência a se iludir e a ficar idealizando o parceiro. Para ela, este é o grande perigo: colocar expectativas demais no parceiro. Já para Jorge Pfeifer, homens e mulheres passam por decepções, já que idealizam o parceiro e descobrem com o passar do tempo e com a convivência que o outro tem qualidades e defeitos. "Quando você começa a despir a roupa desse personagem de príncipe encantado ou princesa, qualidades e defeitos vão se tornar aparentes e ainda necessidades, que talvez o outro não é capaz de atender", explicou o psicólogo. Ele acrescenta que amor só é bom quando é correspondido. Quando isso não ocorre não é amor, e sim sofrimento. "Não há porque rimar amor com dor", ressaltou.
 
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